Por Fernanda Santos
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) completou 75 anos de presença no Brasil, com uma trajetória marcada por avanços significativos na promoção dos direitos de crianças e adolescentes em todo o país.
Entre os marcos históricos da atuação da agência está a expressiva redução da mortalidade infantil: de 158 para 12 óbitos a cada mil nascidos vivos desde 1950 — uma conquista alcançada com a expansão da vacinação, o fortalecimento da atenção primária à saúde e o apoio a políticas públicas voltadas à primeira infância.
A educação também é destaque nessa história. A UNICEF tem sido uma das protagonistas na luta pelo acesso universal à escola e pela permanência das crianças nos espaços de aprendizagem. Iniciativas como o Selo UNICEF e o Busca Ativa Escolar ajudaram milhares de municípios a combater a evasão e garantir o direito à educação, principalmente em regiões mais vulneráveis.
Apesar das conquistas, a UNICEF alerta que os desafios persistem: o racismo estrutural, a violência contra adolescentes negros, os impactos da crise climática e os efeitos da desigualdade social ainda ameaçam a infância brasileira. A organização segue atuando em emergências, como enchentes, secas, crises migratórias e situações de emergência sanitária, como a pandemia de Covid-19.
Para o Instituto de Cidadania e Direitos Humanos (ICDH), esse marco representa mais do que uma celebração: é um lembrete de que cuidar das infâncias é responsabilidade de toda a sociedade. Que o exemplo da UNICEF inspire mais ações concretas, intersetoriais e comprometidas com a proteção, a dignidade e os direitos das novas gerações.