O governo brasileiro voltou a criticar, em instância internacional, as graves violações de direitos humanos cometidas contra a população palestina. Durante reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, o Brasil reafirmou sua preocupação com a escalada da violência em Gaza e os impactos humanitários devastadores sobre civis, sobretudo mulheres e crianças.
A posição brasileira destacou a necessidade de respeito ao direito internacional humanitário, condenando os ataques sistemáticos a escolas, hospitais e outras infraestruturas civis essenciais. O país reforçou o chamado por um cessar-fogo imediato e por uma resposta humanitária coordenada que garanta o acesso a ajuda e a proteção das populações afetadas.
De acordo com dados das Nações Unidas, desde o início do atual conflito, mais de 38 mil palestinos foram mortos e outros 87 mil ficaram feridos — a maioria civis. O número de deslocados internos chega a quase dois milhões de pessoas, agravando uma crise já marcada por fome, escassez de água potável e destruição generalizada.
O Brasil também defendeu a responsabilização por crimes cometidos, enfatizando que a impunidade só prolonga o sofrimento das vítimas e compromete os esforços de paz. O governo tem mantido sua posição histórica de apoio à solução de dois Estados, com o reconhecimento pleno do direito do povo palestino à autodeterminação e à construção de uma nação livre e soberana.
Ao lado de outros países do Sul Global, o Brasil tem se colocado como voz ativa em fóruns multilaterais, cobrando uma atuação firme da comunidade internacional para pôr fim às hostilidades e promover justiça e reconstrução nos territórios palestinos.
O Instituto de Cidadania e Direitos Humanos (ICDH) acompanha com atenção a atuação brasileira nos espaços multilaterais e reforça a urgência de uma mobilização global em defesa da vida, da dignidade humana e da paz.