O Instituto de Cidadania e Direitos Humanos – ICDH Brasil manifesta profundo pesar pelo falecimento de Juliana Marins, jovem brasileira que desapareceu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, e foi encontrada sem vida após dias de buscas intensas. Juliana tinha apenas 26 anos, era publicitária, mochileira e movida pelo desejo de conhecer o mundo com liberdade, coragem e sensibilidade.
Sua partida precoce gerou comoção e revelou, mais uma vez, as desigualdades que afetam mulheres em trânsito, principalmente quando estão sozinhas. A história de Juliana é a de muitas mulheres que enfrentam o mundo para viver seus sonhos, mas que muitas vezes se deparam com a solidão, a negligência institucional e o julgamento social.
Em nome do ICDH Brasil, nos solidarizamos com sua família, amigos e com todas as pessoas que se mobilizaram em esperança e afeto durante os dias de desaparecimento.
Como disse a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo: “Devemos transformar o luto em luta: para que nenhuma mulher seja abandonada, e para que não transformem nossos sonhos em culpa.”
Juliana resistiu bravamente. Viajou com autonomia, com ousadia e com afeto — e por isso se tornou símbolo da liberdade que ainda nos é negada tantas vezes. Que sua memória seja acolhida com o respeito que merece, e que sua trajetória nos convoque a lutar por redes internacionais de proteção, por políticas públicas que cuidem de mulheres em mobilidade, e por um mundo que valorize a vida acima do controle, do medo e da omissão.
Que possamos transformar a dor em denúncia e a saudade em compromisso coletivo.
Instituto de Cidadania e Direitos Humanos – ICDH BrasilPor um mundo onde os sonhos das mulheres sejam vividos com segurança, e não silenciados pela negligência.